segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Gás combustível vaza há três dias

Reparo começou, mas petroleiros querem que plataforma pare para concluir o trabalho

Fonte: O Globo, Bruno Rosa e Ramona Ordoñez  
Mesmo sem divulgar o volume de gás vazado na plataforma P-40, na tarde da última sexta-feira na Bacia de Campos, a Petrobras informou ontem que o vazamento está sob controle. Em nota, a estatal garantiu que a quantidade garantida vazada é "mínima" e que o acidente está sendo monitorado por sensores. Esclareceu ainda que "não há risco de incêndio, explosão, ou qualquer perigo às pessoas embarcadas". E que a área atingida foi "isolada" e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes teria "concordado com a análise de risco feita após a identificação do vazamento".
Em nota, o Sindicato dos Petroleiros no Norte Fluminense ( Sindipetro NF) esclareceu que o acidente ocorreu em um local que está em reparo desde 2010. Apesar de a Petrobras ter paralisado a produção parcialmente, os trabalhadores reivindicam a interrupção total. "A providência deveria ter sido tomada após a identificação do vazamento, seguindo o preceito de segurança, segundo o qual, na dúvida, pare", defendeu o sindicato em nota.

Prejuízo da Chevron já chega a US$ 40 milhões

Fonte: Folha, Cirilo Junior e Denise Luna. Postado em 25.11.2011, 10:16 am

A Chevron vai amargar um prejuízo de pelo menos US$ 40 milhões com o fechamento do poço responsável pelo vazamento de petróleo no campo de Frade, na bacia de Campos, no norte do Rio. O valor, estimado pela empresa, é baseado principalmente no que foi gasto com a perfuração do poço, iniciada há quase um mês, até o acidente do último dia 7, que fez com que a Chevron abandonasse o trabalho e iniciasse a cimentação da área.

A empresa gastava, diariamente, cerca de R$ 800 mil com o aluguel da sonda Sedco 706, que pertence à Transocean. A locação do equipamento é o item mais caro no processo de perfuração. As perdas da petroleira não param por aí. Desde o acidente no poço, o valor de mercado despenca. Segundo a consultoria Economática, desde o dia 8 a Chevron teve desvalorização de US$ 30 bilhões -o valor de mercado (soma do preços das ações n Bolsa) caiu de US$ 216,8 bilhões para US$ 186,7 bilhões na última quarta-feira (ontem foi feriado de Ação de Graças nos EUA).

Punições

A conta dos prejuízos da petroleira Chevron com o vazamento aumenta quando se incluem as punições que foram aplicadas pelas autoridades brasileiras. O Ibama multou a petroleira em R$ 50 milhões e pode cobrar mais R$ 10 milhões, caso seja comprovado que a empresa não deu a resposta devida ao acidente. A ANP autuou a empresa por falhas técnicas na perfuração do poço e por negligência no combate ao vazamento de óleo no mar. O valor ainda não foi estimado, mas pode chegar a R$ 100 milhões.

O governo do Rio vai entrar com ação civil pública cobrando mais R$ 100 milhões para reparações ambientais em razão do acidente. Além disso, a ANP decidiu proibir a empresa de perfurar no país até que todas as questões relativas ao acidente estejam esclarecidas. A medida da agência tem pouco valor prático, já que a própria petroleira tinha decidido suspender as perfurações na área de Frade logo após o vazamento. A medida da ANP não atinge os poços já em produção -a perfuração é uma fase anterior do processo. Os 11 poços da empresa em atividade na região produzem, em média, 80 mil barris de petróleo e gás por dia.

domingo, 27 de novembro de 2011

Aumento da temperatura global é inevitável, dizem especialistas

Fonte: Ângela Joenck/ Portal Terra

Em setembro passado, a camada de gelo que cobre o Oceano Ártico chegou ao seu nível mais baixo desde 2007, com 4,4 milhões de km². Foi a menor extensão da camada desde que as medições começaram há 40 anos, apresentando 40% menos gelo em comparação com os anos 70 e 80. A situação é considerada grave pelos especialistas, como o chefe do Instituto de Impacto do Clima da Universidade de Potsdam, Stefan Rahmstorf, que afirmou recentemente que a camada de gelo pode desaparecer do oceano ártico nos próximos 15 anos.
Alguns dos fatores para o degelo são naturais, conforme explica a PHD e professora do Departamento de Oceanografia Física da USP, Ilana Wainer. “Variações climáticas são parte da evolução natural do planeta, função da variação de parâmetros orbitais como a distância terra-sol, a inclinação do eixo da terra e a constante solar”, explica a especialista.
Segundo Wainer, a Terra completa um ciclo de precessão a cada 26 mil anos, e ao mesmo tempo, existem variações da inclinação do eixo da Terra, que oscila entre aproximadamente 22,1 e 24,5 graus num ciclo de 41 mil anos. “A elipcidade da órbita da Terra também varia e, combinada com a precessão, dá origem a um ciclo de 21 mil anos. As variações dos parâmetros orbitais (ecentricidade) estão associadas a ciclos de 100 mil anos. Esses ciclos são conhecidos como os ciclos de Milankovitch e afetam a quantidade de radiação que chega ao planeta Terra, e consequentemente, induzem as variações climáticas ‘naturais”, diz.
Mesmo assim, para a professora da USP, o homem tem sua parcela de culpa no processo. “Hoje, devido à atividade industrial e ao aumento das emissões dos gases do efeito estufa, estamos vivenciando um aumento da temperatura global a taxas nunca antes observadas. É esse aquecimento acelerado que está causando o rápido degelo no Ártico. Eras glaciais e interglaciais sempre ocorreram, mas o impacto do homem acelerou esse processo e hoje, a taxa de degelo observada pode ser atribuída fundamentalmente ao aquecimento global”, afirma.
Para o doutor em Glaciologia e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, Jefferson Simões, o degelo do Ártico não faz parte de processos naturais e não há muito que possa ser feito no momento. “Todas as evidências e o histórico que temos sobre a variabilidade do mar congelado do Ártico, e temos história dos últimos 4 séculos, mostram que trata-se de um fenômeno único e muito rápido.
“Estamos observando as mais rápidas modificações na extensão do mar congelado no mundo”, diz Simões, que lembra que o degelo do ártico não afetará o nível das águas, pois não se tratam de geleiras e sim do próprio mar. “Mar congelado ao derreter não afeta nível do mar, pois o gelo já está flutuando na água, é o princípio de Arquimedes. Assim, o degelo afeta o clima, mas não o nível do mar”, explica. “No momento, a gente já iniciou esse processo de mudanças do clima, e essas mudanças estão sendo aceleradas, principalmente no Ártico. Como nós já mudamos a composição química, esse processo vai ocorrer nos próximos 50, 60 anos, mas do jeito que está no momento, não faz muita diferença”, diz o especialista.
Ilana Wainer, da USP, concorda. “A quantidade atual da concentração de gases do efeito estufa é tal que o aumento da temperatura global é inevitável. O mais grave é a rapidez da taxa de aumento da temperatura. Mesmo que haja uma diminuição drástica das emissões de gases para a atmosfera, esta continuaria a esquentar durante pelo menos 50 anos, e há previsões de que a estabilização da temperatura global demoraria até um século”, afirma a professora. Para ela, a única coisa a ser feita é começar a agir imediatamente na redução da chamada “pegada de carbono”, usando transporte público, bicicletas, sacolas reutilizáveis, economizando energia e água e sendo absolutamente consciente do meio-ambiente e natureza que nos cerca. “Exigir políticas publicas que protejam o meio ambiente, terrestre e marinho, investimentos em energias alternativas e transporte público eficiente e de qualidade, inclusive com ciclovias”.
Já Simões lembra que certos impactos serão inevitáveis. “O pessoal acha que as respostas do ambiente são imediatas. Muitas das mudanças ambientais que nós estamos vivendo hoje são consequência dos últimos 100 anos. É claro que tem que evitar o aumento das emissões dos gases estufa. Mas não é possível ter uma sociedade de 7 bilhões de indivíduos sem deixarmos pegada de carbono”, conclui.

Pnuma diz que só “milagre” estabelecerá novo Protocolo de Kyoto

Fonte: Portal G1

O diretor-executivo do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, disse que somente por um “milagre” seria estabelecido um novo Protocolo de Kyoto na 17ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-17) de Durban, na África do Sul.
“Sabemos que não será feito um segundo Protocolo de Kyoto em Durban, isso seria um milagre”, afirma Steiner, alemão de origem brasileira, em seu escritório da sede do Pnuma em Nairóbi.
O diretor considera prioritária a renovação do protocolo, um acordo juridicamente vinculativo adotado em 1997 na cidade japonesa de Kyoto que fixa objetivos para reduzir a emissão de gases causadores do aquecimento global, já que é “o barômetro político mais importante” da luta contra a mudança climática.
No entanto, Steiner ressalta que alcançar essa meta será “um dos assuntos mais complicados” em Durban, onde representantes de quase 200 países se reunirão de 28 de novembro a 9 de dezembro para debater sobre mudança climática.
A conquista desse objetivo é urgente porque o período de vigência do Protocolo de Kyoto expira em 2012, enquanto os negociadores consideram, entre outras soluções, o chamado “Kyoto adicional”, que estabelece um segundo período de compromisso como parte de uma transição para um marco global legalmente vinculativo.
Na COP-15, lembra Steiner, “o mundo perdeu a oportunidade de uma transição suave entre Kyoto 1 e Kyoto 2″, o que representou um grande fracasso.
“Os mesmos fatores que impediram chegar a um acordo em Copenhague continuam presentes”, adverte o chefe do Pnuma.
Os Estados Unidos, o maior emissor de CO2 do mundo, continuam sem ratificar o acordo de Kyoto e a China não é obrigada a segui-lo por ainda ser considerada um país em desenvolvimento.
Para Steiner, o “desafio histórico” é fazer com que os dois países possam aderir ao protocolo, já que são “responsáveis por 40% das emissões do planeta”, embora “não estejam, por enquanto, em condições de colaborar e avançar nesse assunto”.
Os negociadores em Durban enfrentarão outro desafio complicado: a capitalização do novo Fundo Verde para o Clima, que deve servir de ajuda aos países mais pobres para suportar o custo da luta contra a mudança climática.
Na cúpula do ano passado na cidade mexicana de Cancún (COP-16), os países se comprometeram a arrecadar US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 para custear esses gastos, embora a fonte desse financiamento ainda tenha que ser determinada.
No entanto, Steiner reconhece que “o fato de isso ocorrer em meio a uma crise financeira não é ideal”, já que “é um fundo difícil de aumentar nesse momento”.
“A ampliação do fundo pode ser difícil pela crise financeira, mas é uma plataforma para que o mundo trabalhe unido frente à mudança climática dos próximos 20 ou 30 anos”, considera Steiner.
Questionado se falta liderança política para impulsionar esse processo, o chefe do Pnuma diz que aprecia as iniciativas de alguns países e cita como exemplo o Brasil, o México e a União Europeia (UE).
“O Brasil demonstrou liderança ao reduzir o desmatamento na Amazônia. E a UE já cumpriu seu compromisso de diminuir as emissões em 20% até 2020″, explica o diretor-executivo do Pnuma.
Steiner destacou também o “extraordinário esforço de liderança” do presidente mexicano, Felipe Calderón, na cúpula de Cancún, onde sua diplomacia “chegou a todo o mundo”.
Apesar dos impedimentos previstos para a cúpula sul-africana, o responsável do Pnuma não vislumbra um cenário de “fracasso total”, já que as expectativas são mais modestas do que em reuniões anteriores e ninguém espera nesse momento nenhum “avanço histórico”.
“O que Durban deve conseguir é confiança, porque haverá pressão para demonstrar que o processo de negociação internacional da mudança climática mantém sua relevância e legitimidade”, concluiu.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Petróleo disperso no oceano afeta severamente base da cadeia alimentar marítima

Fonte: Agência Brasil
Data: 23/11/2011 14:44

O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, informou hoje (23) que apenas duas remessas de cerca de 250 mil litros e 135 mil litros de óleo (juntamente com água e ar) puderam ser retiradas do oceano depois do vazamento na Bacia de Campos, norte do Rio. Segundo ele, a maior parte do petróleo já se dispersou no oceano.

“Em aproximadamente um mês e meio, bolas de piche vão estar pipocando nas praias do litoral, resultado do óleo mais grosso que se agrupa em pelotas. O resto foi dissolvido e acabou entrando no ecossistema, e é exatamente isso que estamos analisando para avaliar o tamanho do dolo”.

Para o oceanógrafo David Zee, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a base da cadeia alimentar marinha da região foi severamente prejudicada.
  
“Existe a depressão da capacidade de produção de biomassa, parte dela alimento, e isso representa um custo ambiental, olhando muito mais a questão do aproveitamento humano. Além disso, há uma fração do óleo que se impregna na coluna d'água transferindo grande parte das substâncias tóxicas, causando malefício para a vida marinha”.

Zee, que também está trabalhando como perito da Polícia Federal na apuração das causas do acidente ocorrido no dia 8 deste mês, criticou a demora na contenção do vazamento e a falta de equipamentos para evitar a dispersão do óleo.

“Nas primeiras 48 horas, 30% do petróleo que vaza se evapora, poluindo a atmosfera, e em 72 horas o restante se espalha rapidamente. Por isso, o primeiro procedimento é não deixar espalhar o óleo, para retirá-lo, mas como, infelizmente, não utilizaram barreiras flutuantes de contenção, o próprio clima, as ondas e o vento trataram de espalhar esse óleo”, explicou o oceanógrafo.

O pesquisador ponderou que a fração do óleo que não é degradável, que fica permanentemente na coluna de água ou se deposita no fundo do mar, ainda pode chegar à costa do sudeste brasileiro. “Se houver uma mudança do quadro de clima, efetivamente pode ser uma ameaça e chegar ao litoral fluminense. O quadro climático e oceanográfico são favoráveis para essa não aproximação, mas quando chegar o calor e o vento leste, a ressurgência tem maior possibilidade de acontecer e ela pode levar para a costa do Rio de Janeiro”.

"Daqui a pouco vamos estar inviabilizando a discussão do pré-sal. Se acontecer algo semelhante com a Petrobras, vamos suspendê-la?"

Presidente do IBP defende Transocean em caso Chevron
FONTE: NN - Matheus Franco

Em meio a discussões sobre quais devem ser as multas à Chevron pelo vazamento no campo de Frade, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), João Carlos de Luca, saiu em defesa da Transocean, companhia que operava a sonda durante o acidente. Para ele, caçar a licença da companhia no país é um dos absurdos que vêm sendo ventilados na mídia.
"Daqui a pouco vamos estar inviabilizando a discussão do pré-sal. Se acontecer algo semelhante com a Petrobras, vamos suspendê-la?", indagou João Carlos de Luca, em evento sobre o setor de Óleo e Gás, realizado no Rio de Janeiro. Ele contextualizou a pergunta explicando que a estatal brasileira é a operadora única do pré-sal, e a prerrogativa de suspensão da Transocean deveria, em tese, ser aplicada caso a companhia provocasse um acidente, futuramente, nessa nova fronteira.

Comissão do Senado aprova texto-base do novo Código Florestal

Fonte: Sandro Lima/ G1

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado aprovou nesta quarta-feira (23) o texto-base do projeto do novo Código Florestal após o relator da proposta, senador Jorge Viana (PT-AC), acatar modificações sugeridas por parlamentares da bancada ruralista.
Os destaques (mudanças) serão apreciados na próxima sessão da comissão. Após votação de destaques, o texto seguirá para o plenário do Senado e, se aprovado, retornará à Câmara.
Foram apresentadas mais de 200 emendas ao relatório. Para viabilizar a aprovação, Viana acolheu várias emendas individuais e uma emenda coletiva que modifica pontos do texto que desagradavam aos ruralistas, tais como a conversão de multa apenas para pequenos agricultores e donos de terras com até quatro módulos fiscais autuados por desmatamento até julho de 2008.
Com a nova redação, os benefícios passam a valer para grandes propriedades rurais que desmataram sem autorização ou licenciamento até julho de 2008. “Estamos possibilitando tirar a multa para todos os produtores. Crime é crime, se praticou crime ambiental e o pequeno pode recuperar, porque o grande não?”, disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO).
Viana também concordou em fazer ajustes no ponto do relatório que trata da recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) – locais como margens de rios, topos de morros e encostas, considerados frágeis, que devem ter a vegetação original protegida.
O relator manteve o texto aprovado pela Câmara que determina a obrigação de recompor margens de rios em pelo menos 15 metros de mata ciliar para rios até 10 metros de largura, porém, estabeleceu que a obrigação, para propriedades com até quatro módulos fiscais, não poderá exceder 20% da área da propriedade.
Com a modificação, fica assegurada a todas as propriedades rurais a manutenção de atividades em margens de rios consolidadas até 2008. Para propriedades maiores que quatro módulos fiscais com áreas consolidadas nas margens de rios, os conselhos estaduais de meio ambiente estabelecerão as dimensões mínimas obrigatórias de matas ciliares, também respeitando o limite correspondente à metade da largura do rio, observando o mínimo de 30 metros e máximo de 100 metros.
Outra mudança acatada por Viana foi permitir produção agrícola e pecuária em encostas entre 25 e 45 graus, como pediu a senadora Kátia Abreu. Ela disse ser contra a restrição para a produção em encostas com 25° de inclinação por prejudicar, por exemplo, a produção de leite no país, tal como previa o texto original.
O texto-base do projeto de reforma do Código Florestal já foi aprovado pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Ciência e Tecnologia (CCT) e Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado.
Bate-boca – Durante a discussão do relatório houve bate-boca entre os senadores. Lindbergh Farias (PT-RJ) reclamou da pressa em votar o relatório e disse que não aceitaria “negociação feita na calada da noite” entre o governo e a bancada ruralista.
Jorge Viana respondeu que “não participou de acordo na calada da noite”, não sofreu pressão do governo e tem independência para produzir o relatório.
Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Marinor Brito (PSOL-PA) pediram o adiamento da votação para ter mais tempo para avaliar as modificações feitas no texto.
Pagamento – Foram mantidos no texto o pagamento ou incentivo a serviços ambientais tais como conservação dos recursos hídricos, da biodiversidade e dos solos; o sequestro de carbono; a conservação da beleza cênica natural; a regulação do clima e a valorização do conhecimento tradicional ecossistêmico.
Viana determina em seu texto que os pagamentos serão feitos por meio de um programa de apoio e incentivo à preservação do meio ambiente. De acordo com o texto, o governo está “autorizado”, no prazo de 180 dias a partir da publicação da lei, a criar o programa. O projeto não define os valores a serem pagos pelos serviços ambientais.