sábado, 14 de maio de 2011

Consumo de recursos naturais pode aumentar 3 vezes no mundo, diz ONU

Fonte: G1
O consumo mundial de recursos naturais pode ser triplicado até 2050, a 140 bilhões de toneladas por ano, caso não sejam tomadas medidas drásticas para frear a superexploração, advertiu a ONU.
O programa da ONU para o meio ambiente (PNUE) ressalta em um informe – publicado na quinta-feira (12) – que as reservas a um bom preço e qualidade de certos recursos essenciais como o petróleo, o ouro e o cobre já estão se esgotando.
Com uma população de 9,3 bilhões de pessoas esperadas para o ano de 2050 e com países em desenvolvimento cada vez mais prósperos, o PNUE adverte que “as perspectivas de níveis de consumo cada vez mais elevadas vão muito além do que é provavelmente viável”.
O informe indica que os governos devem fazer mais com menos, e de maneira mais rápida que o ritmo de crescimento econômico.
Atualmente, nos países desenvolvidos, uma pessoa consome em média 16 toneladas de minerais, combustíveis fósseis e biomassa por ano, contra 4 toneladas na Índia, segundo o informe.
O PNUE considera necessário refletir integralmente sobre a exploração dos recursos e prever “investimentos massivos” nas inovações tecnológicas, econômicas e sociais a fim de conquistar, pelo menos, o congelamento dos níveis atuais de consumo de recursos nos países ricos.

ONU alerta para “choque mortal” entre urbanização e mudança climática

Fonte :portal IG
A ONU advertiu na quinta-feira (12) que haverá um “choque mortal” entre a crescente urbanização do planeta e a mudança climática, e previu catástrofes naturais “sem precedentes” devido ao enorme impacto das cidades sobre o meio ambiente.
A análise consta do último relatório do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), apresentado nesta quinta-feira, que considera as cidades como “o verdadeiro campo de batalha” na luta contra a mudança climática, um fenômeno contra o qual a entidade têm de começar a tomar medidas “ativamente”.
“As cidades não só são grandes causadoras da mudança climática, mas com densidades cada vez maiores, também serão as mais afetadas quando a natureza contra-atacar”, disse o diretor-executivo da ONU-Habitat, Joan Clos, que apresentou o relatório na sede das Nações Unidas.
Clos lembrou perante a imprensa que 50% da população vive em zonas urbanas e que, nessas áreas, receberam um fluxo migratório “sem precedentes” proveniente das zonas rurais dos países em vias de desenvolvimento. “Temos um desafio enorme diante de nós. Precisamos encontrar e pactuar um novo modelo de crescimento baseado em energias renováveis e as cidades devem agir para transformar seus planos urbanísticos e de desenvolvimento”, indicou o diretor-executivo.
O texto pede às cidades que ajam “imediatamente” e indica que, se não forem adotadas medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e fomentar “um desenvolvimento urbano mais justo e sustentável do ponto de vista ambiental”, haverá “um choque mortal entre a urbanização e a mudança climática”.
“As cidades, com sua crescente demanda de consumo e estilo de vida, agravam o ritmo da mudança climática e aumentam os riscos”, aponta o relatório, que detalha que, embora as cidades ocupem apenas 2% da superfície terrestre, são responsáveis por 75% das emissões dos gases do efeito estufa.
O texto, intitulado “As cidades e a mudança climática: Relatório Mundial sobre os Assentamentos Humanos 2011″, ressalta que, até 2050, a situação ambiental poderia provocar 200 milhões de refugiados, que buscarão “novas casas ou novos países para viver”, devido ao transtorno que os desastres terão nas economias locais.
As cidades devem se preparar para “um ataque das poderosas forças da natureza: o aumento da temperatura dos oceanos, o degelo e o consequente aumento do nível do mar são uma ameaça para milhões de pessoas que vivem nas cidades litorâneas”, alertam os autores do relatório.
“As marés tormentosas, cada vez mais frequentes, provocam cheias e danos materiais, inundações, erosão do litoral, maior salinidade e obstruções à drenagem das correntes de água”, constata o relatório, que alerta para as graves repercussões no delta do Nilo, em cidades litorâneas em nível muito baixo, como Copenhague, e em comunidades insulares do Pacífico sul.
Nas cidades litorâneas do Norte da África, espera-se um aumento da temperatura de 1 a 2 graus centígrados, o que poderia fazer subir o nível do mar e expor entre 6 e 25 milhões de habitantes a enchentes. Além disso, o texto indica que, na América Latina, “entre 12 e 81 milhões de habitantes poderiam testemunhar maiores tensões relacionadas à água antes da década de 2020″.

Tractebel é a 1ª a fechar venda no mercado livre

Fonte: Valor Econômico
Data: 12/05/2011 10:06
Os primeiros contratos de venda de energia eólica ao mercado livre começam a ser registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A Tractebel foi a primeira empresa a fazer esse tipo de negócio com seu parque de Beberibe e já começa a vender os cerca de 70 MW médios que vai começar a gerar em dois anos. As vendas da energia dos ventos no mercado livre começam a ganhar força e a Agência Nacional de Energia Elétrica já registra empreendimentos com capacidade de gerar 660 MW e que terão a energia comercializada no ambiente livre ou destinada a autoprodutores.
 
 
Os números da Aneel não contemplam os novos parques da Tractebel e da CPFL, que anunciaram grandes investimentos no mês passado. A Tractebel anuncia hoje que está iniciando as obras de cinco parques eólicos, com capacidade de 145,6 MW, que terão a energia vendida exclusivamente a consumidores livres. "Nossa comercializadora já fechou os primeiros contratos com clientes que compram energia incentivada", disse o presidente da Tractebel, Manoel Zaroni.
 

Os investimentos da Tractebel nesses parques serão de R$ 630 milhões e a empresa vendeu a energia para sua comercializadora em contratos de 15 anos que vão ser usados para garantir o financiamento que está sendo pleiteado no BNDES.
 

Estratégia parecida foi usada pela CPFL que também vai construir parques eólicos com investimentos da ordem de R$ 600 milhões e que terão energia destinada exclusivamente ao mercado livre. O presidente da empresa, Wilson Ferreira Jr, disse que a energia foi vendida à comercializadora da empresa e que os parques já começaram a sair do papel. "Mas a venda para o consumidor final ainda não está sendo feita", disse Ferreira.
 

As grandes empresas estão em busca do mercado do consumidor especial, que usa de 0,5 MW a 3 MW, e que tem desconto de 50% na tarifa de transporte da energia que provém de fontes alternativas - biomassa, eólicas e pequenas centrais hidrelétricas. No mercado livre, esses consumidores representam 1.000 MW, mas podem chegar a 10 mil MW. Foi esse tipo de consumidor livre o grande responsável pelo aumento do número de agentes na CCEE. De acordo com o presidente da Câmara, Luiz Eduardo Barata, hoje são 1.450 agentes, ante os 200 do início do mercado livre, há 10 anos.