terça-feira, 22 de maio de 2012

Dia da biodiversidade alerta sobre situação dos oceanos


Fonte: Portal Terra

Com mais da metade das pescas mundiais esgotadas e um terço dos ecossistemas marítimos mais importantes destruídos, o Dia Internacional da Diversidade Biológica, celebrada nesta terça-feira, se concentra na situação dos oceanos.

O brasileiro Braulio Ferreira de Souza Dias, secretário-executivo do Convênio sobre a Biodiversidade Biológica – organismo da ONU – e responsável pelo Dia Internacional da Diversidade Biológica, disse à Agência Efe que 2012 é um ano essencial para a vida marinha. 

“A biodiversidade está sob pressão em todos os ecossistemas de nosso planeta. Em geral, podemos dizer que o excesso da exploração comercial das pescas mundiais é grave”, afirmou o especialista. O brasileiro ainda falou que mais da metade das pescas mundiais está esgotada e um terço foi dizimado. “Há a estimativa de que entre 30% e 35% dos meio-ambientes marítimos críticos foram destruídos”, destacou Dias. 

O panorama exposto por Dias mostra que o lixo plástico segue matando a vida marinha, e a contaminação cria áreas de águas litorâneas quase sem oxigênio. “Houve também o aumento do uso de combustíveis fósseis que afeta o clima global, fazendo a superfície dos oceanos mais quente, o aumento do nível do mar e da acidez dos oceanos, com consequências que só agora estamos começando a entender” disse. 


Censo da Vida Marinha – Um elemento chave nesse trabalho de entendimento do futuro dos oceanos é o Censo da Vida Marinha (CVM) finalizado em 2010. O documento foi realizado por milhares de cientistas de todo o mundo em uma década e concluiu que os mares do planeta contêm entre 500 mil e 1 milhão de espécies (6 mil descobertas pelos pesquisadores do CVM), mais que qualquer outro ecossistema da Terra. 

Jessee Ausubel, diretor de programas da Fundação Alfred Sloan (EUA) e um dos dois criadores do CVM, disse que a saúde dos oceanos será crítica na próxima geração. “A gestão do meio ambiente marinho segue 100 anos atrás do terrestre. Se não reduzimos rapidamente a destruição dos oceanos, assim como os hábitos e costumes causadores, a situação será trágica em uma geração”, disse. 

No mesmo sentido, Dias ressaltou que o maior problema para a biodiversidade é o modelo de consumo atual. “Podemos dizer que a biodiversidade está em risco por um modelo de consumo e produção que não avalia a biodiversidade. Isto será ainda mais evidente com uma crescente população mundial e os efeitos da mudança climática”, afirmou. 

Patricia Miloslavich, professora titular do Departamento de Estudos Ambientais da Universidade Simón Bolívar de Caracas, uma das principais cientistas do CVM, disse à agência Efe que “os oceanos de países latino-americanos enfrentam as mesmas ameaças que o resto do mundo”. 

Patricia destacou alguns problemas como o excesso de pesca, a perda de habitat, a contaminação, o aumento da temperatura e a invasão de espécies não nativas. No entanto, a cientista venezuelana também disse que graças à CVM foi estabelecida a rede Sarce (Grupo de Pesquisa Sul-Americana em Ecossistemas Costeiros). De acordo com ela, a iniciativa é um avanço na integração científica regional que poderia trazer bons frutos em curto prazo. 

São em iniciativas como a Sarce que Dias e o Convênio sobre a Biodiversidade Biológica colocam suas esperanças. Dias considera que, embora ainda haja muito a ser feito, é importante destacar que muitos países estão dando um passo à frente e estabelecendo redes de áreas protegidas para assegurar a preservação das espécies marinhas. 

Ron O’Dor, chefe cientista da CVM, explica que quando as espécies são protegidas, se recuperam, mesmo que lentamente. “Mas temos que fazer mais esforços para lidar com a poluição marinha, a pesca insustentável, pressões sobre habitats como recifes de coral e aumento de CO2 na atmosfera”, destacou.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O QUE É ECONOMIA VERDE?


Fonte: Revista Veja (abril/2012)

Economia verde: preservar o planeta pode dar lucro

A caminho da Rio+20, governos, empresas e pesquisadores debatem como fazer a guinada para um modelo que não esgote o meio ambiente e que seja economicamente atrativo

Luís Bulcão
Parque eólico em funcionamento na Praia do Porto das Dunas, no Ceará: energia limpa
Parque eólico em funcionamento na Praia do Porto das Dunas, no Ceará: energia limpa (Jarbas Oliveira/AE - 22/06/2007 )
“No fundo, a economia verde pode manter a situação atual de dominância dos ricos em relação aos pobres. Como nós não temos dinheiro suficiente para investir em tecnologia, acabaríamos tendo que importar os painéis solares e as turbinas eólicas fabricadas por eles”, diz Suzana Kahn
"Algumas pessoas dizem que a economia verde tem essa cor por causa do dólar", afirma, em tom de brincadeira, o embaixador André Aranha Corrêa do Lago. O negociador chefe do Brasil para a Rio+20 se permite zombar dos radicalismos, mas admite que o tema central da conferência da ONU, que ocorre entre 16 e 22 de junho no Rio, ainda carece de definições. Fora a referência óbvia às causas ambientais, o verde, nesse caso, representa o que não é “marrom”, como é chamado o modelo que domina a maior parte das atividades econômicas, em que o avanço de empresas e governos implica em um alto custo para a natureza e a qualidade de vida do homem. O modelo almejado é aquele em que o uso dos recursos do planeta se dá de forma sustentável, sem riscos a espécies e ecossistemas, mas também sem inviabilizar o avanço dos negócios e o bem-estar.



Como qualquer atividade econômica, que movimenta lucros e interesses, há preocupações com a nova ordem que pode emergir a partir de propostas e modelos discutidos em encontros como a Rio+20. O Rio de Janeiro, na posição de quem deve dar exemplos como sede da conferência, criou uma subsecretaria estadual para a economia verde, ligada à secretaria de Meio Ambiente. Pioneira na implementação do conceito em nível governamental no Brasil, a subsecretária Suzana Kahn, que foi vice presidente do Painel Intergovernamental de mudanças climáticas (IPCC) até 2014, prefere ver a questão com o pé no chão. “No fundo, a economia verde pode manter a situação atual de dominância dos ricos em relação aos pobres. Como nós não temos dinheiro suficiente para investir em tecnologia, acabaríamos tendo que importar os painéis solares e as turbinas eólicas fabricadas por eles”, exemplifica. Outra área sensível apontada por Suzana é a possibilidade de os países desenvolvidos usarem as novas regras economia verde para implementar barreiras comerciais protecionistas. “O que precisamos é criar salvaguardas para que isso não crie distorções”, alerta.

Desde já estão sendo discutidas formas de fazer com que, a partir da Rio+20, empresas, governos e entidades não governamentais possam estimular uma guinada em relação ao sistema de exploração dos recursos naturais de hoje. O ‘modus operandi’ da economia atual falhou, afirma Suzana, ao deixar de resolver os desafios impostos pelo meio ambiente, ao não se mostrar eficaz para dividir riqueza e ao deixar de promover melhor qualidade de vida para boa parte da população. A economia, até aqui, caminhou desprezando a limitação dos recursos naturais e criou problemas que vão além dos países, dos continentes, como problemas climáticos, desequilíbrios de abastecimento e elevação do risco de desastres naturais.

Para Suzana, esse é o quadro "não é sustentável". "Temos todos os motivos para nos prepararmos para um mundo sem petróleo, que é um recurso finito. Por isso, o Rio é um local ideal para se praticar o exercício da economia verde. Temos que aprender a saber migrar e ter um tipo economia que não dependa tanto desses recursos", explica.

Enquadrar a questão social na discussão é justamente a grande preocupação do Brasil em relação às implicações da economia verde. Uma das propostas brasileiras é a de acréscimo da expressão “inclusiva” ao termo, no documento final da Rio+20. "Em economia verde inclusiva, você teria os três pilares do desenvolvimento sustentável, que são o econômico, o ambiental e o social", afirma Corrêa do Lago. Para o embaixador, o maior obstáculo para as políticas do desenvolvimento sustentável é dificuldade de enquadrar o aspecto econômico. "É raro ver uma pessoa da área econômica se referindo a desenvolvimento sustentável", afirma Corrêa do Lago.

1,3 trilhão de dólares para reciclar o mundo

A grande virada da economia verde é convencer de que, apesar de requerer mais investimentos a curto prazo — assim como a maioria das iniciativas de sustentabilidade —, o sistema proposto se mostra lucrativo no longo prazo. Ou seja, do ponto de vista do relatório da Iniciativa para Economia Verde (GEI, sigla em Inglês), a economia marrom atual é menos rentável. A partir da perspectiva de lucro, atrai-se – ou, pelo menos, espera-se atrair – o empresário.

Melinda Kimble, vice-presidente do Fundo para as Nações Unidas, órgão especializado em arrecadar recursos para ajudar a financiar a ONU, afirma que essa é uma forma de engajar a iniciativa privada. "O setor privado não faz doações. Ele precisa de um retorno no investimento para mobilizar recursos. É por isso que precisamos da economia verde", explica.

De forma prática, o relatório da GEI aponta para dez setores chave para onde os recursos devem se encaminhar: edificações, florestas, turismo, água, gerenciamento de lixo, energia renovável, transportes, pesca, indústria e agricultura. O documento, que congrega ideias e avaliações sob o ponto de vista da economia verde, aponta a necessidade de investimento anual de 2% do PIB mundial, o que corresponde a aproximadamente 1,3 trilhão de dólares, nos patamares atuais.

Conheça as recomendações da ONU para a economia verde:

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Edificações

Crédito: Divulgação/Pnuma-Brasil
Um terço da energia utilizada no mundo é gasta dentro de prédios, e o setor de edificações é o que mais emite gases no planeta. O setor de construção civil é responsável por mais de um terço do consumo de recursos, incluindo 12% do consumo de água potável. O relatório GEI considera necessários investimentos de 300 bilhões de dólares por ano até 2050 no setor. Prédios públicos, como escolas e hospitais, são ideais para começar a estimular a indústria da construção civil a adotar práticas sustentáveis: melhor ventilação e aproveitamento da luz natural, por exemplo. O setor tem o potencial de garantir a economia de um terço no consumo de energia. No Brasil, o projeto do conjunto habitacional Rubens Lara, em Cubatão, foi reconhecido pela ONU, através do Sushi (sigla em inglês para iniciativa para habitação social sustentável). Os prédios têm janelas maiores e aquecem a água com energia solar. Construir dessa forma, atualmente, custa 10% a mais.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A energia eólica é realmente competitiva no Brasil?



Primeiramente, parques eólicos foram selecionados em leilões orientados para fontes com menores impactos ambientais (leilões de reserva – LER  e leilões de fontes alternativas – LFA). Posteriormente, no leilão de expansão com antecedência de três anos (A-3) ocorrido em 2011, aproveitamentos eólicos venceram o certame competindo diretamente com as demais fontes de geração.
Por intermédio do PROINFA e dos leilões, já foram contratados 7 GW de capacidade de geração eólica no Brasil. Desse total, 1,4 GW está em operação. O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) considera que em 2020 a capacidade instalada de centrais eólicas no Brasil alcançará 11 GW.
Como a tabela I ilustra, essa trajetória foi acompanhada da redução do preço médio da energia eólica negociada nos leilões e do aumento do fator de capacidade dos projetos de parques eólicos.

Tabela I


CAPACIDADE
FATOR DE
PREÇO
MW
CAPACIDADE %
R$/MWh
PROINFA
1.422
37%
270,32
LER 2009
1.806
43%
148,40
LER 2010
528
51%
122,69
LFA 2010
1.520
43%
134,13
A-3 2011
1.068
45%
99,48
LER 2011
861
50%
99,54
Fonte: Elaboração Própria. Dados CCEE

A competitividade da energia eólica no Brasil demonstrada nos leilões impressionou até mesmo especialistas setoriais, pois não é observada em outras experiências. Nos países em que a energia eólica se desenvolveu de forma mais significativa, os subsídios são bastante significativos. Alguns fatores podem explicar a vantagem da produção brasileira de energia eólica, como ventos mais favoráveis – principalmente no nordeste brasileiro -, complementação com a geração hidrelétrica e possibilidade de “estocagem indireta” de energia através dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Essas características permitem ao Brasil lidar melhor com a intermitência da geração eólica, que é o principal limitante de sua difusão em sistemas predominantemente termelétricos.
O fator de capacidade considerado nos projetos brasileiros é substancialmente mais elevado do que a experiência internacional. Segundo a tabela II, o fator de capacidade médio observado nos dez países de maior capacidade de geração eólica é de apenas 21%. Ou seja, metade do fator médio considerado em projetos no Brasil.
Tabela II
País
2008
2003-2007
Estados Unidos
24%
26%
Alemanha
19%
18%
Espanha
22%
25%
China
12%
-
Índia
18%
-
Itália
16%
19%
França
19%
22%
Reino Unido
30%
26%
Portugal
23%
23%
Dinamarca
25%
23%
Fonte: Elaboração Própria. Dados 2008: Wikipedia. Dados 2003-07: Boccard (2009).


Boccard (2009) aponta que há uma tendência de superestimação do fator de capacidade de parques eólicos projetados em relação ao que é observado no caso europeu. Segundo o autor, enquanto as estimativas do fator de capacidade da energia variam em um intervalo entre 30 a 35%, os valores observados da razão da energia produzida e da capacidade instalada são inferiores a 21% no período 2003-2007. O autor enfatiza que dessa forma, os custos são aumentados em dois terços e a redução de emissões decorrente da instalação dos parques eólicos é 40% inferior à planejada.
Os dados de geração observada nos parques eólicos brasileiros, publicados pelo ONS nos boletins mensais de geração eólica, sugerem que fenômeno parecido pode ocorrer no Brasil. A tabela III apresenta os fatores de capacidade estimados e observados das usinas eólicas operadas centralizadamente pelo ONS. O valor observado corresponde à razão entre a geração média observada[1] e a capacidade de geração das usinas. Na região sul, o fator de capacidade observado é idêntico ao projetado, 31% na média. No entanto, na região nordeste, onde as usinas contam com fator de capacidade projetados mais elevados, os valores observados são bastante inferiores aos projetados. Na média, o fator de capacidade projetado é de 42% e o observado de 32%. Ou seja, as usinas eólicas do nordeste produziram 25% menos do que foi projetado (e contratado).


Tabela III
Usinas
Região
Fator de Capacidade
ProjetadoObservado
OSÓRIO
S
32,0%
29,1%
DOS ÍNDIOS
S
30,0%
28,9%
SANGRADOURO
S
33,0%
31,7%
CIDREIRA I
S
32,5%
33,7%
CHATO I
S
26,5%
27,6%
CHATOII
S
26,5%
29,1%
CHATOIII
S
37,0%
39,4%
RIO DO FOGO
NE
34,0%
31,5%
PRAIA FORMOSA
NE
39,0%
26,7%
ICARAIZINHO
NE
43,0%
42,1%
CANOA QUEBRADA
NE
43,5%
34,5%
BONS VENTOS
NE
43,8%
32,2%
ENACEL
NE
43,5%
27,7%
VOLTA DO RIO
NE
47,0%
33,3%
PRAIA MORGADO
NE
50,0%
25,5%
ALEGRIA I
NE
32,0%
21,8%
M SECO 3
NE
48,8%
38,5%
M SECO 2
NE
46,2%
41,3%
M SECO 1
NE
47,3%
38,3%
M SECO 5
NE
50,4%
29,4%
MÉDIA S
31,4%
31,4%
MÉDIA NE
42,3%
31,7%
Fonte: Elaboração própria. Dados: ONS.
Ainda que o período de observações seja limitado para as usinas que começaram a operar em 2010 e 2011, alguns fatos são marcantes. Nenhuma das 13 usinas eólicas da região nordeste alcançou o fator de capacidade previsto. O fator de capacidade alcançado é quase metade do projetado em algumas usinas, como Mangue Seco 5 (valor observado 42% inferior ao projetado) e Praia Morgado (49% inferior ao projetado).
As novas usinas eólicas que foram selecionadas através de leilões e que devem entrar em operação nos próximos anos contam com estimativas de fatores de capacidade mais elevadas que as usinas que já estão operando. Se confirmada a tendência apontada por Boccard (2009) e essas usinas não alcançarem o nível de operação projetado, as condições que propiciaram a difusão da energia eólica em bases competitivas no Brasil são colocadas em xeque.
Com menores fatores de capacidade, as eólicas são relativamente mais caras. Considerando a diferença observada no nordeste como parâmetro, as eólicas seriam 33% mais caras do que o seu valor nos leilões. Em termos gerais, o impacto seria um maior custo operacional que o previsto no sistema elétrico e uma distorção na seleção de tecnologias, pois outras fontes poderiam ser selecionadas. Para os empreendedores, fatores de capacidade inferiores aos projetados podem implicar em prejuízos. Segundo as regras dos leilões, eventuais diferenças entre energia gerada e projetada podem ser compensadas ao longo dos anos. Mas se o diferencial anual é superior a 10%, há previsão de multa e aquisição de energia para suprir a diferença no mesmo ano.
Outro problema que as usinas eólicas têm enfrentado no Brasil é cumprimento do cronograma de obras. Segundo o acompanhamento da Aneel, apresentado na tabela IV, dos 6,4 GW de expansão de geração eólica até 2015 apenas 24% não enfrenta qualquer problema para a entrada em operação. 70% da expansão é classificada em “amarelo” pela Aneel, indicando possíveis atrasos no andamento das obras ou na obtenção de licença.
Tabela IV
Situação
MW
Sem impedimentos
1.540
24%
Com impedimentos
4.524
70%
Graves problemas
377
6%
Fonte: Aneel.

Luciano Losekann (

 
energia eólica, energia elétrica, 07/05/2012)


Esses problemas não inviabilizam a difusão de energia eólica, mas, certamente, colocam questionamentos quanto à trajetória de êxito competitivo observada até recentemente. Como a fonte eólica tem vantagens ambientais que não são incorporadas economicamente no Brasil, o sobre-custo pode se justificar. No entanto, é essencial que o fator de capacidade seja acompanhado para que os mecanismos de incentivo sejam desenhados de forma adequada e a expansão ocorra em bases sustentadas.
Referências:
ANEEL (2012), Acompanhamento das Centrais Geradoras Eólicas. Abril 2012. Disponível em: www.aneel.gov.br.
BOCCARD, NICOLAS (2009), Capacity factor of wind power realized values vs. estimates. Energy Policy, 37. Pgs. 2679–2688.
ONS (2012), Acompanhamento mensal da geração de energia das usinas eolielétricas com programação e despacho centralizados pelo ONS. Vários números. Disponível em: www.ons.org.br.

[1] Os dados dos boletins do ONS cobrem o período de janeiro de 2007 a março de 2012. No entanto, os parques instalados mais recentemente contam com menor número de observações.