terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tribunal da Ucrânia quer proibir visitas em zona próxima a Chernobyl

Fonte: G1
Data: 28/11/2011 11:18
O Tribunal Administrativo de Kiev, na Ucrania, proibiu nesta semana visitas à chamada “zona de exclusão”, região localizada ao redor da central nuclear de Chernobyl, que há 25 anos foi palco do maior acidente nuclear da história.

A decisão considera ilegal o anúncio feito em fevereiro pelo Ministério de Emergência do país que autorizava excursões para a região de Chernobyl.

Segundo agências locais, a acusação recorreu em junho nos tribunais alegando que a decisão não tinha aprovação de outros departamentos do governo, que controlam as tropas e as autorizações de entrada e saída da área remota no norte da Ucrânia, quase na fronteira com Belarus.

Já o Ministério de Emergências alegou que o Ministério da Saúde e das Relações Exteriores já havia sido consultado sobre o caso antes da liberação de visitas controladas.
 
Visitas controladas

O governo ucraniano autorizou a entrada controlada de turistas à região de Chernobyl desde dezembro, sempre a visita for solicitada com dez dias de antecedência e com explicações sobre o motivo. Antes da concessão de permissão, os turistas devem assinar um contrato alegando que o governo não assumiria quaisquer responsabilidades por possíveis prejuízos à saúde do visitante.

Segundo Piotr Valianski, diretor do Departamento de Saúde do Ministério de Emergências da Ucrânia, as rotas turísticas escolhidas na zona de exclusão têm doses mínimas de radiação. “Esses caminhos são seguros”, disse.
 
Histórico

Em 26 de abril de 1986, durante teste de queda de potência o reator 4 da usina explodiu e se tornou fantasma devido ao alto índice de radiação proveniente da explosão ocorrida em 26 de abril de 1986.

Quando a potência foi aumentada, no entanto, ela subiu demais e o processo ficou fora de controle. Um incêndio com temperaturas de milhares de graus derreteu a cobertura da usina e material radioativo começou a se dispersar pela região. A nuvem alcançou lugares distantes na Rússia e na Europa Ocidental.

Estimativa da organização ambiental Greenpeace é que entre 60 mil e 90 mil pessoas morreram ou irão morrer por causa do desastre. Mas os números oficiais são bem menores, pois as mortes vêm acontecendo aos poucos, e em muitos casos não é possível associá-las diretamente com o acidente.

COP-17 começa com foco em Kyoto

Fonte: Estadão, Vida - Afra Balazina

Posições políticas dos países sobre a continuação do Protocolo de Kyoto, primeiro tratado para reduzir emissões de gases-estufa, e o que virá depois dele dominaram o primeiro dia da 17.ª Conferência do Clima da ONU, a COP-17, em Durban. Representantes de 192 países estão na cidade sul-africana em busca de consenso. O que está em jogo é decidir se haverá um segundo período de compromisso dentro de Kyoto (o primeiro termina em dezembro de 2012) e se os países em desenvolvimento e os Estados Unidos aceitarão iniciar o processo de um acordo com valor jurídico para o pós-2020.

Se não houver decisão sobre Kyoto, teremos um vazio nas obrigações de cortar as emissões dos gases que causam o aquecimento global. Enquanto países em desenvolvimento fazem questão da manutenção desse protocolo, Japão, Canadá e Rússia disseram que não têm intenção de continuar no tratado, já que os maiores emissores atuais, Estados Unidos e China, não têm metas obrigatórias.

PF: óleo que vazava no Campo do Frade agora pode estar contaminando Caxias

Fonte:O Globo, Economia - Henrique Batista, Ramona Ordoñez e Mariana Durão

O mesmo petróleo que vazava no começo do mês no Campo do Frade, operado pela Chevron na Bacia de Campos, pode estar agora contaminando a rede fluvial de Duque de Caxias. Segundo o delegado Fábio Scliar, responsável da Polícia Federal pela investigação do vazamento, a petroleira americana terceirizou o tratamento e o armazenamento do óleo recolhido no mar e houve um problema nesse procedimento. O episódio desencadeou, ontem, a primeira prisão no caso.
O problema ocorreu na Contecom, segundo Scliar, em Duque de Caxias - onde trabalhava o funcionário detido, a responsável técnica da empresa, de acordo com o deputado Dr. Aluízio (PV-RJ). Depois do vazamento, a Chevron recolheu parte do petróleo no mar e contratou a Brasco Logística Offshore para gerenciar esses resíduos a partir de sua base de operação na Ilha da Conceição, em Niterói. A Brasco, por sua vez, subcontratou - com a anuência da Chevron - a Contecom para transferir e acondicionar o óleo recolhido. Segundo a Brasco, "a Contecom é uma empresa autorizada pelo Inea como receptora de resíduo oleoso e aprovada pela Chevron". O Inea é a autoridade de meio ambiente no estado.