sábado, 14 de maio de 2011

Tractebel é a 1ª a fechar venda no mercado livre

Fonte: Valor Econômico
Data: 12/05/2011 10:06
Os primeiros contratos de venda de energia eólica ao mercado livre começam a ser registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A Tractebel foi a primeira empresa a fazer esse tipo de negócio com seu parque de Beberibe e já começa a vender os cerca de 70 MW médios que vai começar a gerar em dois anos. As vendas da energia dos ventos no mercado livre começam a ganhar força e a Agência Nacional de Energia Elétrica já registra empreendimentos com capacidade de gerar 660 MW e que terão a energia comercializada no ambiente livre ou destinada a autoprodutores.
 
 
Os números da Aneel não contemplam os novos parques da Tractebel e da CPFL, que anunciaram grandes investimentos no mês passado. A Tractebel anuncia hoje que está iniciando as obras de cinco parques eólicos, com capacidade de 145,6 MW, que terão a energia vendida exclusivamente a consumidores livres. "Nossa comercializadora já fechou os primeiros contratos com clientes que compram energia incentivada", disse o presidente da Tractebel, Manoel Zaroni.
 

Os investimentos da Tractebel nesses parques serão de R$ 630 milhões e a empresa vendeu a energia para sua comercializadora em contratos de 15 anos que vão ser usados para garantir o financiamento que está sendo pleiteado no BNDES.
 

Estratégia parecida foi usada pela CPFL que também vai construir parques eólicos com investimentos da ordem de R$ 600 milhões e que terão energia destinada exclusivamente ao mercado livre. O presidente da empresa, Wilson Ferreira Jr, disse que a energia foi vendida à comercializadora da empresa e que os parques já começaram a sair do papel. "Mas a venda para o consumidor final ainda não está sendo feita", disse Ferreira.
 

As grandes empresas estão em busca do mercado do consumidor especial, que usa de 0,5 MW a 3 MW, e que tem desconto de 50% na tarifa de transporte da energia que provém de fontes alternativas - biomassa, eólicas e pequenas centrais hidrelétricas. No mercado livre, esses consumidores representam 1.000 MW, mas podem chegar a 10 mil MW. Foi esse tipo de consumidor livre o grande responsável pelo aumento do número de agentes na CCEE. De acordo com o presidente da Câmara, Luiz Eduardo Barata, hoje são 1.450 agentes, ante os 200 do início do mercado livre, há 10 anos.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Energias renováveis cobrirão 80% da demanda global, diz IPCC

 Fonte: Folha.com
 10/05/2011
As energias renováveis poderão satisfazer 80% das necessidades globais em 2050 se forem mais desenvolvidas, de acordo com o relatório 164 do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU, divulgado nesta segunda-feira (9) em Abu Dhabi (Emirados Árabes).
O diretor-geral da Irena (Agência Internacional de Energias Renováveis), Adnan Amin, afirmou: “Segundo o relatório, o desenvolvimento do setor da energia renovável é inevitável, já que desempenha um papel-chave no futuro para todo o planeta.”
O documento, que foi elaborado por mais de 120 pesquisadores, analisa diversas medidas para desenvolver as novas fontes de energia renovável. Segundo o texto, está previsto que esse setor se desenvolva em meados deste século e que seu uso se multiplique de três a 20 vezes.
O relatório destaca que em 2009 houve um notável aumento na produção de energia renovável: eólica (aumento de 30%), hidrelétrica (3%), solar vinculada a redes de distribuição (50%), geotérmica (4%) e solar para aquecimento de água (20%).
Além disso, a produção de etanol aumentou 10%, e a de diesel, 9%. No documento, estima-se que os investimentos necessários para desenvolver este setor na próxima década devem ser de US$ 1,3 bilhão a US$ 5,1 bilhões.
Abu Dhabi recebe durante dez dias atividades relacionadas ao IPCC, que realizará a 33ª sessão de seu plenário entre os próximos dias 10 e 13, com a participação de mais de 600 delegados. 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Eólica cresce 23,6% no mundo em 2010

Jornal da Energia
São Paulo, 04 de Maio de 2011 - 16:57

No Brasil, a fonte cresceu 77%. Associação prevê 1,5GW instalado no mundo em 2020
Da redação
Crédito: Divulgação-Siemens
A capacidade instalada de energia eólica no mundo cresceu 23,6% em 2010, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (04/05) pela Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA, na sigla em inglês).

A potência mundial da fonte atingiu 196,6 mil MW, sendo que 37,6 mil MW foram implantados no ano passado. Juntas, elas podem gerar 430TWh, que equivalem a 2,5% do consumo de eletricidade mundial.
O setor eólico movimentou 40 bilhões de euros e empregou 670 mil pessoas em 2010. A China se tornou, após instalar quase 19 mil MW eólicos, o maior país do mundo em termos da capacidade instalada. Nos Estados Unidos, país que perdeu o posto de primeiro lugar, as novas instalações estão em queda.
O relatório da associação também aponta que os países da Europa Ocidental estão passando por um momento de estagnação nos novos projetos eólicos, enquanto que as nações do Leste Europeu estão apresentando crescimento. Na América Latina, houve acréscimo de 467MW de capacidade, sendo que 320MW foram implantados pelo Brasil, que cresceu 77% no ano passado.
A WWEA prevê que em 2015 o mundo terá 600 mil MW de capacidade. Em 2020, a expectativa é atingir 1,5GW.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

MPX recebe licença para instalar térmica na região da Bacia do Parnaíba

agenciario.com
5/05/2011 - 16:40
Do Setorial News - Energia


A MPX, braço de energia do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, recebeu licença de instalação para a construção de uma usina termelétrica movida a gás na região da Bacia do Parnaíba, informou nesta quinta-feira (5) a companhia.
A usina terá capacidade pra gerar 1.863 megawatt (MW) e será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
De acordo com a empresa, o insumo para suprimento da unidade será proveniente da produção de gás da OGX Maranhão, uma joint venture da MPX e OGX Petróleo e Gás.
“A obtenção da licença comprova a capacidade da MPX em desenvolver empreendimentos estruturantes e reforçam nossa convicção acerca da importância estratégica do complexo de geração térmica do Parnaíba, que deverá ser um marco na expansão da geração a gás no Brasil e contribuirá significativamente para o crescimento da MPX”, informou a companhia em comunicado.
O projeto é uma parceria entre a MPX, que tem 70% de participação, e a Petra Energia, com 30%.

Usina solar será inaugurada dia 25

Tn Petróleo
Fonte: Diário do Nordeste
Data: 04/05/2011 11:14
A primeira usina de energia solar do País já tem data definitiva para inauguração. No próximo dia 25 de maio, a MPX Tauá entrará em operação. A presença do empresário Eike Batista, proprietário do projeto, ainda não foi confirmada. Agora, resta apenas a finalização da construção da rede elétrica de 13,8 KV, que ligará o empreendimento ao sistema da Companhia Energética do Ceará (Coelce); e a instalação do sistema de comunicação via satélite e da estação de medição.
 
A Usina Solar de Tauá possui 4.680 painéis fotovoltaicos para captar a luz do sol e convertê-la em energia elétrica. No total, o projeto possui capacidade para gerar 1 MW, suficiente para abastecer cerca de 1.500 residências. A MPX já possui autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) para expandi-la para 5MW. Entretanto, a planta prevê uma expansão ainda maior, podendo atingir 50 MW.
 
Licenças
 
Desde o mês passado, a usina obteve a licença de operação do empreendimento do órgão ambiental estadual. Essa autorização libera o início da produção do local, com a verificação do cumprimento das exigências das licenças anteriores (Prévia e de Instalação), assim como do adequado funcionamento das medidas de controle ambiental e demais condicionantes.
 
A Usina Solar é o primeiro de três empreendimentos da MPX que entrará em operação no Ceará nos próximos meses. Em setembro, devem ser iniciadas as atividades da térmica Energia Pecém, em parceria com a portuguesa EDP. Em 2012, inicia-se os trabalhos da MPX Pecém 2.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Bioetanol (etanol de lignocelulose) - Offshore Technology Conference (OTC)

  Executivos da Petrobrás consederam entrevista na Offshore Technology Conference (OTC) onde deram destaque as informações sobre as pesquisas em fontes alternativas de energia, como etanol de segunda geração, produzido a partir de lignocelulose. 

Fonte: Biodiselbr.com
O que é o Bioetanol?

O etanol de lignocelulose (bioetanol) é um combustível renovável produzido a partir de resíduos agroindustriais, como o bagaço de cana.

O processo de fabricação de etanol a partir de resíduos vegetais é dividido em quatro etapas:

Pré-tratamento ácido do bagaço de cana
Na primeira etapa, há o pré-tratamento do bagaço de cana, e neste trabalho  foi adotado o processo de hidrólise ácida branda, onde no reator o resíduo é submetido a quebra da estrutura cristalina da fibra do bagaço de cana e a recuperação de açúcares mais fáceis de hidrolisar.

Deslignificação
Em seguida, vem a etapa de deslignificação. É retirada a lignina, complexo que dá resistência a fibra e protege a celulose da ação de microorganismos porém, apresenta grande inibição ao processo fermentativo.

Fermentação
Na terceira fase, o líquido proveniente do pré-tratamento ácido, rico em açúcares, é fermentado pela levedura Pichia stipitis adaptada para ser utilizado nesta fermentação.

O sólido proveniente da etapa de deslignificação rico em celulose, também é tratado: ele passa por um processo de sacarificação (transformação em açúcares) por meio de enzimas e é fermentado pela levedura Sacharomyces cerevisiae, o mesmo fungo utilizado na fabricação de pães. A Petrobras ainda estuda as enzimas mais eficazes para este processo de fabricação, testando enzimas disponíveis no mercado e pesquisando novos preparados enzimáticos.

Destilação
Na etapa final, ambos os líquidos provenientes das diferentes fermentações são destilados. O produto desta destilação é o etanol, que possui as mesmas características daquele fabricado a partir da cana em processo industrial.

Bioetanol

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Após um ano, Golfo do México briga contra vazamento de óleo

Nicomex - NN – A Mídia do Petróleo
28/04/2011
NN - Rodrigo Leitão
Após mais de um ano do vazamento de petróleo que durou 86 dias e derramou no mar cerca de 750 milhões de litros de óleo e seis milhões de litros de dispersantes químicos, o Golfo do México ainda enfrenta os impactos ambientais da explosão da plataforma Deepwater Horizon, com a extinção de peixes, aves, tartarugas, além de centenas de golfinhos. Hoje, uma grande investigação ainda está sendo realizada pelo governo americano para diagnosticar os prejuízos.

Em entrevista ao NN – A Mídia do Petróleo, o Analista de Risco e Gestão Ambiental, Roberto Rocche, diz que o maior impacto no oceano é na cadeia alimentar. “O benzo pireno (altamente cancerígeno) está sendo pouco a pouco incorporado à cadeia alimentar e sabe quem é o consumidor final? Nós”. De acordo com Rocche, qualquer laboratório pode medir o conteúdo de benzo pireno e outros metais pesados nos peixes. Ele acredita que, se a exploração de petróleo foi liberada no Golfo, alguém deve ter feito um relatório e dito que não há nada. Mas o analista ressalta que a Biologia não é uma ciência exata e evolui, mascarando os contaminantes facilmente. “O impacto está apenas começando!” – completa Roberto.